segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Manchetes das maionetes

O povo gosta da desordem e do caos.
O governo é reflexo da população.

População que a fome é maior que a consciência. Não culpo as pessoas humildes por serem induzidas e manipuladas pelo voto, mas sim as inteligentes que deixam isso acontecer por prazeres egoístas e narcisos, olhando e tirando proveito apenas para si mesmo.

Já dizia Nietzsche que caminhamos
para a desvalorização dos ideais ou simplesmente a valorização do que é errado. Estamos trilhando esse caminho. Mais cedo ou mais tarde a máscara cai. Povo omisso, covarde e hipócrita. Governo omisso, covarde e hipócrita.
Quem somos nós?
Ou melhor, quem eles querem que
sejamos. ps: Não sou tão estúpido quanto querem que eu pareça.

Auíri Tiago

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A trajetória do papel (ou a sua!).

A travessia parece perigosa, cheia de obstáculos e desafios. A noite é uma criança e a ignorância dessas pessoas a torna mais misteriosa ainda.
O dia é um adulto que tenta ser o que não foi durante os seus sonhos pela noite. Entre uma esquina e outra a minha vida pode estar no fim, ou simplesmente demorar a eternidade para me encontrar do outro lado.
Os carros passam. O vento me leva. A sorte me diz oi. E a minha estadia está na mão do acaso.
Sou entregue.
Sou pequeno.
Me sinto pequeno.
O mundo parece tão grande para mim, com seus enormes detalhes e suas simples cores que cegam a minha vontade de me tornar humano.
Daqui de baixo, me sinto seguro, diferente dai de cima. Não deveria ser, mais é.
A sua pressa pode acabar comigo. O desejo de parar o tempo e correr atras dele, decide a minha existência em apenas alguns milésimos de prazeres que te conheci.
Não tenho ninguém em quem confiar.
Conheço alguém e não sei por quanto tempo irá ficar por perto.
Nada posso.
Nada quero.
Vou me deixando levar....
Sou apenas um papel de bala.
Perdido na cidade grande.


Auíri Tiago