sábado, 11 de dezembro de 2010

lúcido durante a lua

A linha do tempo é tenuante.
Ergo o braço e levanto a bandeira que almeja alguns devaneios com os seus pensamentos.
Aquilo parece fotografia a espera de uma pose.
A idéia que o dia vai durar para sempre é contra mão na estrada desse tempo.
Com uma agulha entre os dedos tento tecer o seu coração em fuxico.
Reza a lenda que uma conversa em fuxico diz muita coisa a respeito de quem pronúncia.
Por isso rezo todas as noites para iluminar mais um dia.
Sol laranja.
Lua amarela.
Faltou a cor azul que é a cor do meu amor.
Completo o meu arco íris de três cores.
Três pessoas. Um triângulo amoroso.
Uma operação em matemática para testar o meus pensamentos.
E formo outra forma.
Uma pirâmide para te oferecer o Egito como refúgio de todas aquelas palavras que não lhe disse da última vez.

Pode aproveitar para disfarçar o seu tédio em mim.
Começo pela antítese do final.
Dou um salto, desço do salto e danço descalço para entrar em sintonia com a sua música favorita.
Não quero errar nenhum passo para me lembrar dos pontos para chegar ao seu tesouro mais precioso e passar como primeiro da classe.

Decorar a sua data de nascimento.
O dia em que nos conhecemos.
O dia em que nos beijamos.
O dia em que pedi a sua mão em casamento.
E um pouquinho do seu braço.
Talvez uma frase feita.
Aceita um colo?
Penso que já conversei de mais.
Vou me recolher.
Posso te levar a sorveteria enquanto dormimos?
Prometo te devolver em casa sã e salva.
Prometo também ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe.
Que assim seja.

domingo, 5 de dezembro de 2010

preciso me conter

eu e você ou você e eu?
prefiro as duas opções para nós dois.